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Real Combo Lisbonense

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AboutNum mundo em transformação a um ritmo cada vez mais acelerado, corremos o risco de deixar para trás, irrecuperavelmente, muitas marcas, objectos, hábitos e formas de expressão cultural. Na música, uma das tradições que se perdeu foi a das orquestras e conjuntos que, em meados do século XX, animavam os casinos, hotéis, bares e restaurantes das principais metrópoles ocidentais. Lisboa não era excepção e apesar da sua escala de pequena metrópole e das limitações impostas pelo regime, apresentava, nas décadas que se seguiram à Segunda Guerra Mundial, uma cena viva de espaços dedicados ao convívio e à dança. Eram tempos de constrangimentos vários e esse tipo de locais servia como escape e alienação das emoções individuais e colectivas. Em simultâneo, o desenvolvimento da actividade turística garantia um fluxo de clientes cosmopolitas que afluía a Portugal em busca de sol, divertimento e de um certo exotismo quasi-tropical. Foi nesse ambiente que se deu o início da música Pop em Portugal, resultado de uma série fértil de confluências várias.
Partindo de uma matriz que assentava essencialmente nas tradições da canção ligeira e romântica, no fado e no folclore, elementos de outros estilos foram progressivamente incorporados de forma natural, consoante as modas e os contactos com o mundo exterior. A melhoria substancial das vias de comunicação e a criação da Linha Imperial da TAP levaram ao contacto inevitável com o que de mais moderno se fazia além-fronteiras. Foi assim que chegaram até nós influências rapidamente assimiladas pelos jovens músicos portugueses: sons e ritmos oriundos da América do Sul – em especial do Brasil, mas também de Cuba, México e Argentina; sonoridades de África – por via das antigas colónias, sobretudo de Cabo Verde e Angola; um novo estilo de canção popular europeia, italiana, espanhola e francesa. Tudo isto para além do jazz americano e ainda dos estilos internacionais emergentes na época – o twist, o yé-yé e o rock'n'roll.
Esse momento particularmente rico da música em Portugal foi, em grande medida, sufocado pelo regime político da altura. Directamente, através dos vários mecanismos de censura e, de um modo mais indirecto, pelo impacto que a guerra colonial teve nos mais variados sectores do país – a chamada obrigatória de todos os jovens para ingressar no exército, num esforço de guerra excepcional, fez com que muitas das formações musicais vissem impossibilitada a sua actividade regular. O período que se seguiu, antes e depois da revolução de Abril de 74, não foi, também, propício ao desenvolvimento da expressão musical Pop e, em particular, da música de dança. A urgência, as motivações e a matriz estética desse tempo eram outras.
Hoje, volvido meio século, é precisamente esse espírito e esse património que se pretende recuperar com a formação do Real Combo Lisbonense. Não se trata de um retorno a valores ou estéticas passadistas, nem de um qualquer exercício gratuitamente revivalista, mas antes da recuperação de algo vital, de manifesto interesse, que se perdeu nessa corrida desenfreada do progresso que tudo atropela e tudo faz esquecer!
Apesar do seu código genético revelar marcas vincadas de raiz popular, a morfologia do RCL incorpora múltiplas componentes de modernidade, instrumentais e cénicas, que estabelecem a ponte entre o passado e o presente. A sua música aspira, dessa forma, a ser congregadora, transgeracional, transsocial e transcultural.
Novos e menos novos, ricos, pobres e remediados – a todos, com um piscar de olho, o Real Combo Lisbonense convida para a dança!

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